"Imperar é atributo que sugere poder. O imperador comanda o império, rege com autoridade. Imperativo é tudo o que ordena, o que governa.
Na linguagem temos os verbos imperativos. São aqueles que dão ordens. Sempre que os leio escuto gritos, vozes querendo me convencer do conteúdo que sugerem. O verbo é a casa da ação. Dele se desdobram movimentos. Verbos mobilizam os sujeitos. É a regra da gramática, mas é também a regra da vida.
Penso nas palavras que me ordenam. Quero compreender a razão de gritarem tanto sobre os meus ouvidos e de me moverem para a vida que vivo. A interpretação que faço do mundo passa pelos verbos que imperam sobre mim. Por isso, a qualidade da vida depende dos verbos que imperam sobre ela.
Gosto de conjugar o verbo “amar” no imperativo – “Ame!” Não há necessidade de complementos. Ame este ou aquele. Ame agora ou depois. Não há justificativas. É só amar. É só seguir a ordem que o verbo sugere. “Ame!” Repito. Não escuto gritos, mas uma voz mansa com poder de conselho. Voz que reconheço ser a de Jesus a me conduzir por um caminho seguro que me fará viver melhor. “Ame!” Ele repete! “Ame!” Ele aconselha.
Tenho aprendido que o amor é o melhor jeito de responder às questões do mundo. Experimento isso na carne. Eu fico melhor cada vez que amo. Digo isso como homem religioso que sou. A religião é a casa do amor, assim como o verbo é a casa da ação. Se não é, não é religião. É esconderijo onde acomodamos nossa hipocrisia. É lugar onde justificamos nossas intolerâncias. É guerra fria que fazemos em nome de Deus.
Eu ainda acredito que o amor é a religião que o mundo precisa. Jesus ensinou isso. Morreu por crer assim. Elevou à potência máxima o imperativo do amor, e não fugiu das consequências. Tenho medo quando nos especializamos em qualificar as pessoas como boas ou ruins, em nome da religião. Tenho medo de deixar que outros verbos imperem sobre minha vida. Verbos que excluem, abandonam, jogam fora e que condenam a partir de aparências...
É nesta hora que eu me recordo do imperativo de meu Mestre - “Ame!” E só assim eu descanso.
Eu sei que você também costuma se perder em tantas realidades desta vida. Eu sei que o seguimento de Jesus costuma nos colocar em encruzilhadas, porque não há seguimento sem escolhas. É natural que nasçam dúvidas e a gente se pergunte – E agora? Como ser de Deus no meio de tantas realidades contrárias? Como manter o olhar fixo no que cremos sem que a gente precise cometer o absurdo de desprezar os que creem diferente de nós?
Nem sempre conseguimos acertar, fazer da melhor forma.
Quer um conselho? Ame!"
Na linguagem temos os verbos imperativos. São aqueles que dão ordens. Sempre que os leio escuto gritos, vozes querendo me convencer do conteúdo que sugerem. O verbo é a casa da ação. Dele se desdobram movimentos. Verbos mobilizam os sujeitos. É a regra da gramática, mas é também a regra da vida.
Penso nas palavras que me ordenam. Quero compreender a razão de gritarem tanto sobre os meus ouvidos e de me moverem para a vida que vivo. A interpretação que faço do mundo passa pelos verbos que imperam sobre mim. Por isso, a qualidade da vida depende dos verbos que imperam sobre ela.
Gosto de conjugar o verbo “amar” no imperativo – “Ame!” Não há necessidade de complementos. Ame este ou aquele. Ame agora ou depois. Não há justificativas. É só amar. É só seguir a ordem que o verbo sugere. “Ame!” Repito. Não escuto gritos, mas uma voz mansa com poder de conselho. Voz que reconheço ser a de Jesus a me conduzir por um caminho seguro que me fará viver melhor. “Ame!” Ele repete! “Ame!” Ele aconselha.
Tenho aprendido que o amor é o melhor jeito de responder às questões do mundo. Experimento isso na carne. Eu fico melhor cada vez que amo. Digo isso como homem religioso que sou. A religião é a casa do amor, assim como o verbo é a casa da ação. Se não é, não é religião. É esconderijo onde acomodamos nossa hipocrisia. É lugar onde justificamos nossas intolerâncias. É guerra fria que fazemos em nome de Deus.
Eu ainda acredito que o amor é a religião que o mundo precisa. Jesus ensinou isso. Morreu por crer assim. Elevou à potência máxima o imperativo do amor, e não fugiu das consequências. Tenho medo quando nos especializamos em qualificar as pessoas como boas ou ruins, em nome da religião. Tenho medo de deixar que outros verbos imperem sobre minha vida. Verbos que excluem, abandonam, jogam fora e que condenam a partir de aparências...
É nesta hora que eu me recordo do imperativo de meu Mestre - “Ame!” E só assim eu descanso.
Eu sei que você também costuma se perder em tantas realidades desta vida. Eu sei que o seguimento de Jesus costuma nos colocar em encruzilhadas, porque não há seguimento sem escolhas. É natural que nasçam dúvidas e a gente se pergunte – E agora? Como ser de Deus no meio de tantas realidades contrárias? Como manter o olhar fixo no que cremos sem que a gente precise cometer o absurdo de desprezar os que creem diferente de nós?
Nem sempre conseguimos acertar, fazer da melhor forma.
Quer um conselho? Ame!"
Fabio de Melo
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