terça-feira, 29 de dezembro de 2009

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

Clarice Lispector

eu quero!

Por Ana Jácomo,

"No ano novo, bem mais do que nos outros, quero alimentar o meu coração com mais daquilo que eu sei que ele gosta e é capaz de nutri-lo. Quero escolher com todo amor os ingredientes de cada refeição. Cozinhar mais vezes para ele. Usar os temperos que mais aprecia. Dedicar um tempo maior para preparar a mesa. E, depois de servi-lo, desfrutar a delícia de vê-lo saborear o que preparei. Curtir o conforto de me saber responsável pelo seu contentamento. Aquele gostinho bom do “fui eu que fiz pra você”.

No ano novo, bem mais do que nos outros, quero ter mais gentileza com os meus sentimentos. Com todos eles, sem exceção. Quero ter mais habilidade para ouvir o que têm pra me contar, sem tentar abafar a voz daqueles que podem me trazer desconforto. Quero deixar que se expressem, exatamente com a cara que têm. Que me façam surpresas. Que me apontem as mudanças que já aconteceram e me falem sobre aquelas que pedem para acontecer. Quero que me mostrem as regiões ainda feridas em mim que precisam de olhar, de cura ou de perdão. Não quero sentimento acuado, amordaçado, varrido pra debaixo do tapete. Quero ser a melhor confidente de cada um.

No ano novo, bem mais do que nos outros, quero ter mais cuidado com os sentimentos alheios. Mais compaixão. Mais empatia. Mais tolerância. Suspender o julgamento. Trocar a crítica pelo respeito. Parar de achar que eu faria diferente, que eu diria diferente, quando não é a minha vida que está na berlinda. Quero lembrar mais vezes o quanto nos exige cada superação, cada avanço, cada conquista, cada descoberta das chaves capazes de abrir os cárceres que inventamos para nós. Quero lembrar mais vezes do quanto eu falho, mesmo quando quero acertar. Do quanto eu ainda me atrapalho comigo. Do quanto preciso ser generosa com a minha trajetória a cada novo projeto anunciado pela minha alma. A cada nova tentativa. A cada novo tropeço.

No ano novo, quero me encantar mais vezes. Admirar mais vezes. Compartilhar mais amor. Dançar com a vida com mais leveza, sem medo de pisarmos nos pés uma da outra. Quero fazer o meu coração arrepiar mais frequentemente de ternura diante de cada beleza revista ou inaugurada. Quero sair por aí de mãos dadas com a criança que me habita, sem tanta pressa. Brincar com ela mais amiúde. Fazer arte. Aprender com Deus a desenhar coisas bonitas no mundo. Colorir a minha vida com os tons mais contentes da minha caixa de lápis de cor. Devolver um brilho maior aos olhos, aos dias, aos sonhos, mesmo àqueles muito antigos, que, apesar do tempo, souberam conservar o seu viço. Quero sintonizar a minha frequência com a música da delicadeza. Do entusiasmo. Da fé. Da generosidade. Das trocas afetivas. Das alegrias que começam a florir dentro da gente.

No ano novo, bem mais do que nos outros, quero ter atenção com relação ao que sinto, ao que vejo, ao que propago. Mais cuidado para não me intoxicar com os apelos do medo e do pessimismo, tão divulgados nesses nossos tempos. Usufruir mais a sábia isenção que nos permite continuar a ver o melhor para a nossa vida e para a vida de todos os seres, apesar de. Não me importa se eu olhar na contramão: quero ter a coragem de sustentar a minha crença de que o amor, a paz, a luz, hão de prevalecer na Terra, e, enquanto isso não acontecer, quero dirigir também a minha energia ao propósito de que prevaleçam em mim.

No ano novo, bem mais do que nos outros, eu quero me sentir feliz. Uma felicidade que não está condicionada à realização das coisas que, particularmente, anseio para mim. Para a minha história nesse mundo. Para essa personagem que eu visto. Quero, antes de qualquer outra razão, me sentir feliz por encontrar descanso e contentamento no meu coração. Por tocar com o sentimento a preciosidade da vida. Por saber que existem coisas para eu realizar enquanto estou por aqui. Por acreditar que a maior proposta da idéia humana é a felicidade. Não importa quantas nuvens eu possa ter que dissipar no ano que começa: gente, por natureza, é sol, e eu quero viver esse lume. "

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ahhh Caio...




' E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.'


Caio F. Abreu

presentes...



' Não há nada mais gostoso que um amor correspondido!'

Vinicius de Moraes

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

adoro mesmo!


Extraído de amordepapelao.blogspot.com

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

verdade deliciosa:

Foto de Regina Bentes

Passei anos e anos procurando Deus e não consegui encontrá-lo. Então desisti da ideia e fiquei tranquilo e amoroso - o que mais poderia fazer? Não conseguia encontrar Deus, então o jeito era estar o mais perto possível da divindade. Assim, fiquei silencioso, tranquilo, amoroso, alegre, como se já o tivesse encontrado - era "como se". Um dia ele veio à minha procura, e desde então não me preocupo muito com ele, mas ele continua me seguindo. Antes eu o chamava: "Deus, onde está você?" Agora, ele me chama: "Kabir, onde está você?"

Kabir está dizendo algo tremendamente importante. Suas palavras exatas são: "Ele continua me seguindo como uma sombra, chamando-me: 'Kabir, Kabir, aonde está indo? O que está fazendo? Posso ajudar?' Nem ligo para ele, agora que conheço o caminho: ele não é um lugar do lado de fora, é do lado de dentro. Não está nos rituais da religião, está no amor. Não está nas formalidades, mas numa amizade informal com a existência".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Extraído de amordepapelao.blogspot.com

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

o livro mais delicioso:


CAPÍTULO XXI


' E foi então que apareceu a raposa:
- Boa dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.


Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.


O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!


Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.'


Antoine de Saint-Exupéry

O Pequeno Príncipe

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

tem história:


Porque você me olha assim?

Qual o seu medo?

Alguém já te fez sofrer?

Qual o seu medo?

Diz pra mim...
Se por amor já veio a sofrer

E agora tem medo

De amar e se envolver

Qual o seu medo?

Diz pra mim...
Sei que palavras não vão adiantar

Se o coração não quer acreditar

Confie em mim, não vai se arrepender

O que eu mais quero é não te ver sofrer...
Amor sincero tenho dentro de mim

Pra te dar, é só você querer e arriscar

Pois não é ilusão,nem tão pouco atração

É mais forte do que pode pensar,

Não sabe o quanto já sofri por amor

Conheço bem essa dor que destrói

E causa insegurança demais;

Pra você superar, tem que uma chance se dar

E não ter medo de se apaixonar...

Deixa eu te amar
Oh Oh, Deixa;

Deixa eu te amar...
Amor sincero tenho dentro de mim

Pra te dar, é só você querer e arriscar

Pois não é ilusão,nem tão pouco atração

É mais forte do que pode pensar,

Não sabe o quanto já sofri por amor

Conheço bem essa dor que destrói

E causa insegurança demais;

Pra você superar, tem que uma chance se dar

E não ter medo de se apaixonar...

Deixa eu te amar.
Deixa eu te amar...



Deixa Eu Te Amar
Composição: (Edson / Flávio)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

eu fico com a segunda opção!




' Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...'
Arnaldo Jabor

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

mais de amor, pra fazer a alma dançar:



Por Ana Jácomo:

' Porque é isso: quando sorri, eu tenho a impressão de que apertaram o interruptor que acende o sol, pois tudo clareia ao seu redor. Quando fala, eu tenho a impressão de que toda a vida canta a música bonita que a sua alma diz. Quando silencia, eu tenho a impressão de que todas as coisas adormeceram um pouquinho até você acordá-las outra vez.


Porque é isso: quando olha, eu tenho a impressão de que a primavera beijou todos os jardins, pois tudo parece florescer onde os seus olhos descansam. Quando está feliz, eu tenho a impressão de que o mundo inteiro brinca de roda com a sua alegria. Quando está triste, eu tenho a impressão de que todos os passarinhos do planeta estão temporariamente na muda e encolheram seu canto.


Porque é isso: quando mostra as suas limitações é que eu vejo ainda mais o seu tamanho. Quando mostra o seu desconcerto é que eu vejo ainda mais a sua força. Quando mostra as suas dores é que eu vejo ainda mais a sua vitória. Quando mostra os seus medos é que eu vejo ainda mais a sua coragem. Quando mostra as suas sombras é que eu vejo ainda mais o seu lume.Porque é isso: o amor, primeiro, é toque na pele arrepiada de encanto que reveste a alma.


Depois, sopra o seu arrepio pra pele encantada que reveste o corpo. Então, acontece o milagre do corpo e da alma se encontrarem, se abraçarem, e se misturarem num encanto só.Eu sento na beira da praia dos seus olhos, incontáveis vezes, perto ou longe de você, só pra apreciar de novo. Porque o amor é isso também: essa admiração que não cansa de se reinventar a cada onda. '

domingo, 29 de novembro de 2009

ahhh o amor!

E como sempre ela, a iluminada, Ana Jácomo:

'O amor é bálsamo milagroso para os hematomas da alma. Elixir da juventude, não importa a idade que se tem. Vacina tríplice contra os males da falta de poesia, de sonho e de ternura. Composto vitamínico eficaz para mantermos, acesa, a capacidade de brilho no olhar. Receita caseira da vovó para massagear a vida com a própria essência que a vida fornece.O amor é sol que chama a sombra pra ser outra coisa. É relógio que marca um tempo diferente. É um jeito que escapole do controle. É música que faz os medos ficarem doidos de vontade de dançar. É pipa que empinamos no quintal da nossa casa, rabiola feita de riso e de encanto, os pés descalços na terra; descalço, sobretudo, o coração. É convite precioso para a vida cantar mesmo quando desafina, porque tudo desafina de vez em quando.O amor é fruta madura colhida agorinha, não importa quantas vezes o calendário tenha se reinventado. É promessa sem garantia nenhuma. É a melhor fala do roteiro, tanto faz se de improviso. É a muda da estrela mais feliz que a gente traz pra cultivar na Terra. É a inspiração que sopra no corpo e na alma um punhado contente do que imaginamos ser o paraíso. É a maneira divina mais bonita de nos humanizarmos de verdade.O amor é o lugar mais transformador e ventilado do universo. É quando Deus brinca e a gente brinca junto. '

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

otimismo!


332.000 explicações ...


Uma coisa é certa em meio a 332 mil possíveis explicações: 'não existe nada de grandioso sem paixão. ' !
E é por isso, que eu ainda insisto em me apaixonar todos os dias, por Deus, pela vida, pela natureza, minha família, pelo meu amor, pelos afetos, meus amigos, meus cachorros ...
E como diz o sábio Vinicius de Moraes: 'sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão! '
' E essa mania de amar às vezes dói mais do que conseguimos aguentar. Se pudéssemos viver sem paixão talvez conhecêssemos um pouco de paz, mas seríamos vazios. Quartos vazios, fechados e úmidos. Sem paixão estaríamos verdadeiramente mortos. ' [David Boreanaz]
Ainda faltam 331.997 mil explicações ... rsrs
Um apaixonante fim de semana pra mim e pra você!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

a mais linda declaração de amor:


Conta pra mim, por Ana Jácomo:

' Conta pra mim de onde a gente se conhece. De onde vem a sensação de que sempre esteve aqui, quando eu sei que não estava. Conta por que nada do que diz sobre você me parece novidade, como se eu estivesse lá, nos lugares que relembra, quando eu sei que não estive. Conta onde nasce essa familiaridade toda com os seus olhos. Onde nasce a facilidade para ouvir a música de cada um dos seus sorrisos. Onde nasce essa compreensão das coisas que revela quando cala. Conta de onde vem a intuição da sua existência tanto tempo antes de nos encontrarmos.

Conta pra mim de onde a gente se conhece. De onde vem o sentimento de que a sua história, absolutamente nova, é como um livro que releio aos poucos e, ao longo das páginas, apenas recordo trechos que esqueci. Conta de onde vem a sensação de que nos conhecemos muito mais do que imaginamos. De que ouvimos muito além do que dizemos. De que as palavras, às vezes, são até desnecessárias. Conta de onde vem essa vontade que parece tão antiga de que os pássaros cantem perto da sua janela quando cada manhã acorda. De onde vem essa prece que repito a cada noite, como se a fizesse desde sempre, para que todo dia seu possa dormir em paz.

Conta pra mim de onde a gente se conhece. De onde vem essa repentina admiração tão perene. De onde vem o sentimento de que nossas almas dialogavam muito antes dos nossos olhos se tocarem. Conta por que tudo o que é precioso no seu mundo me parece que já era também no meu. De onde vem esse bem-querer assim tão fácil, assim tão fluido, assim tão puro. Conta de onde vem essa certeza de que, de alguma maneira, a minha vida e a sua seguirão próximas, como eu sinto que nunca deixaram de estar.

Conta pra mim por que, por mais que a gente viva, o amor nos surpreende tanto toda vez que vem à tona. '
Foto de Manuela Sá Carneiro

Nenhum amor, nenhum desejo, nenhum plano, nenhuma sessão de meditação, acupuntura ou psicanálise. A natureza é soberana. Pobre da mente, das boas intenções e do resto todo que acha que manda alguma coisa. É ela quem me comanda.


Tati Bernardi.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

sensibilidade.

' é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer. Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive. '

Caio Fernando Abreu

pratiquemos:



Um doce e ensolarado fim de semana pra todos nós!

verdadeira paz!


' Nos muitos cuidados que dentro de mim se multiplicam, as tuas consolações me alegram a alma. '
Salmos 94:19

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

muita verdade nisso:

Foto de Lenita Nabis

' Não precisa correr tanto. O que é seu às mãos lhe há de ir! '

Machado de Assis

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

sem você não!

Queria descobrir
Em 24hs tudo que você adora
Tudo que te faz sorrir
E num fim de semana
Tudo que você mais ama
E no prazo de um mês
Tudo que você já fez
É tanta coisa que eu não sei
Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você
E até saber de cor
No fim desse semestre
O que mais te apetece
O que te cai melhor
Enfim eu saberia
365 noites bastariam
Pra me explicar por que
Como isso foi acontecer
Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você
Por que em tão pouco tempo
Faz tanto tempo que eu te queria
Zélia Ducan - Tudo sobre você

eu sei, mas não devia ...


Por Marina Colasanti,
' Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma. '

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Foto de Carlos G. Correa


'... mais alto que eu, só Deus e os passarinhos! '


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

conta pra mim ...

[...]' Conta de onde vem essa vontade que parece tão antiga de que os pássaros cantem perto da sua janela quando cada manhã acorda. De onde vem essa prece que repito a cada noite, como se a fizesse desde sempre, para que todo dia seu possa dormir em paz.'
Ana Jácomo

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

com o tempo a gente consegue!

Tomando uma pausa das delícias da vida e vamos pensar em coisa séria e nada prazerosa!

Precisamos além de nos cansarmos, agir com pressa e precisão!

Não dá mais pra ficarmos a mercê de caos áereos, estradas ruins, apagões, mensalões, filas imensas nas redes públicas de saúde mal estruturadas, balas perdidas, meninos na rua, miséria, enchentes .... C -H- E- G A!

Vamos almejar um Brasil mais digno e prazeroso! E só depende de mim e de você!

E nada melhor do que as belas palavras da linda capixaba Elisa Lucinda para completar :

' Meu coração está aos pulos!


Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? I-m-o-r-t-a-l! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final! '

Um bom fim de semana a todos nós!

: )

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

amo o flamengo!




[...] ' Aliás, time e torcida completam-se numa integração definitiva. O adepto de qualquer outro clube recebe um gol, uma derrota, com uma tristeza maior ou menor, que não afeta as raízes do ser. O torcedor rubro-negro, não. Se entra um gol adversário, ele se crispa, ele arqueja, ele vidra os olhos, ele agoniza, ele sangra como um césar apunhalado. [...] Para qualquer um, a camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo, a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte: - quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada, por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas tremem então, intimidados, acovardados, batidos. Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável.”


Nelson Rodrigues

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

do que me é intenso

Foto de Marta Ferreira

' Não sei muita coisa do que quero pra minha vida. E nem tenho essa pretensão. Mas sei isto: quero tudo intenso. Tudo agora. Tudo pra já. Minha vida já está acontecendo e eu não tenho mais tempo a perder com sorrisos amarelos. Com abraços frouxos. Com bocas aleatórias. Com noites sem dias seguintes. Com pessoas que não se dão. Quero viver tudo intensamente. Até a última gota. Correr o risco. Me atirar. E sentir o coração bater forte. Sair pela boca. Me engolir. Ter aquela sensação de não estar cabendo no próprio corpo (mais alguém aqui já sentiu isso?). Quero ser arrebatada. Não conseguir dormir à noite. Acordar com olheiras e estar linda mesmo assim. Quero rir de mim mesma. Rir sozinha no meio da rua. Sair descabelada. Quero andar cantando. E fazer poesia em dia de chuva. Quero cair da escada com as pernas pra cima. Quero um dia. Uma hora. Um minuto. Desde que seja de verdade. '

Brena Braz

meu amor:


' Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir vez em quando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito em voz baixa: te amo tanto, dorme com os anjos. Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar...'
Caio Fernando Abreu.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

e o que te faz feliz?


' a felicidade vibra na freqüência das coisas mais simples...! '
Que o mesmo sol que ilumina lá fora esteja no coração de todos nós, clareando toda e qualquer escuridão que pese nossa alegria de estar vivo!
Um lindo fim de semana a todos nós!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

a cada amanhecer...

Extraido de grifatexto
Lavie en close, de Paulo Leminski

meu caminho...

Foto de Ana Maria Roland

' Não tenho me preocupado muito em saber para onde vou, como durante tanto tempo eu me preocupei. Curiosamente, experimento uma confiança de estar seguindo na direção do caminho que é meu, como nunca antes eu senti. Não há grandes acontecimentos que sinalizem isso. Apenas sinto. Apenas confio. [...]'
Por Ana Jácomo

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Foto de Ana Filipa Carvalho
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' Tenho preguiça de ser sério.'
Manoel de Barros
Por vezes na vida da gente, a alma se fecha e teima em virar as costas para o que há de mais singelo : o sorriso estampado no rosto. Ahhhh, quanto perca de tempo! Pra que disperdiçar tanta vida, tanto sol, tanta poesia?!
É certo que esses momentos nos fazem crescer diante da vida e nos leva a traçar novas metas e seguir novos caminhos. Mas, pra que tanta seriedade?
Fazendo uso das sábias palavras de Arnaldo Jabor:
'A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. [...]'
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Um novembro de muito bom humor pra todos nós!
: )

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

a melodia!



Linda letra,lindo Jack e linda melodia!

a letra mais linda de todas as letras musicais!

Foto de Ricardo Jorge Silva

Angel (Jack Johnson)

Eu tenho um anjo
Ela não usa nenhuma asa
Ela usa um coração
Que pode derreter o meu
Ela usa um sorriso
Que me faz querer cantar
Ela me dá presentes
Só com a sua presença
Ela me da tudo que eu poderia desejar
Ela me da beijos
Só por voltar pra casa

Ela pode fazer anjos
Vi isso com meus próprios olhos
Tome cuidado quando tiver um bom amor
Por que os anjos
Vão continuar se multiplicando

Mas você está tão ocupada
mudando o mundo
Só um sorriso
pode mudar todo o meu

Nós dividimos a mesma alma.
Nós dividimos a mesma alma.
Tradução: site Terra.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

e chove lá fora...


o que é importante na vida?

Foto de Raul Alexandre

' Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando, Deus derrama teu sol mais luminoso. '

Caio Fernando Abreu


terça-feira, 27 de outubro de 2009

!

' Minha tristeza é uma volta medida, mas minha alegria é forte demais! '
Guimarães Rosa

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

uma deliciosa coincidência !!!!!!!!!!!!!!






Há 4 dias, iniciei minhas postagens no blog, e resolvi intitulá-lo DELÍCIA DE VIVER, por achar piamente que a vida é, por inteiro, saborosa.
Acontece que hoje recebi o arquivo da foto de capa da revista VIDA SIMPLES, do mês de outubro, da minha linda amiga Michele. E segundo ela, quando ela viu, lembrou de mim, justamente por ter iniciado minha vida blogueana com a linda letra de Vinius de Moraes:

"É melhor ser alegre que ser triste
a alegria é a melhor coisa que existe ..."

É uma deliciosa coincidência, como acontece o tempo inteiro na vida da gente... Deus nos reservas surpresas e coincidências esplendidas, e recheia nossa vida de graça....Pode parecer bobeira pra muita gente, mas eu achei essa coincidência linda!

...e que a nossa deliciosa vida seja sempre deliciosamente simples!

Um abraço Mi.
:)

a minha saudade tem nome: Aparecida.




Almas Perfumadas
por, Ana Jácomo

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende a ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.

Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Aparecida, para me falar de amor.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

a gente



a gente ouve música velha.
a gente prefere guaraná a coca cola.
a gente fala o tempo todo durante o filme.
a gente torce pro flamengo.
a gente gosta de cafuné e faz.
a gente deveria ter se encontrado antes.
a gente não fica um dia sem se falar.
a gente se diverte mais de dia do que a noite.
a gente é igual e nem parece.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

quer dizer...



delícia
s. f.
1. Prazer que consola os sentidos e o espírito.
2. Pessoa ou coisa que causa a delícia.
3. Voluptuosidade.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

: )



Foto de Manuela Sá Carneiro



' é melhor ser alegre que ser triste
a alegria é a melhor coisa que existe! '